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União Brasileira de Trovadores
Seção São Paulo - SP
"A Trova, acima de tudo, faz amigos!" (Izo Goldman)
Da quadrinha sem prestígio à Trova Literária: de como a Trova reúne um acervo teórico no estudo da língua portuguesa
“Veja ilustre passageiro,
o belo tipo faceiro...”
No tempo dos bondes era comum ler propagandas em prosa e verso anunciando os produtos nos “reclames”. Pois no inicio do século os poetas faziam quadrinhas de publicidade para arrecadar algum pagamento; geralmente não assinavam os versos, pois não era de bom-tom um poeta vender versos comerciais para sobreviver. Assim a quadrinha ficou durante muito tempo desconsiderada como gênero menor. Até que o grande poeta da nossa língua Fernando Pessoa assinou uma quadra que hoje é considerada o ícone da Trova:
O poeta é um fingidor,
finge tão completamente,
que chega a fingir que é dor,
a dor que deveras sente.
A partir desse momento, a história da quadrinha foi outra: todos os grandes escritores, clássicos e modernos passaram a construir suas Trovas maravilhosas. Assinando embaixo.
O Movimento Trovístico, por meio de concursos foi estabelecendo as regras de ortografia e composição que tornavam possível a competição e a premiação. Hoje se aprende a fazer Trova nas oficinas e nas reuniões, observando critérios clássicos e ao mesmo tempo atualizando estas regras de acordo com a “fala do povo”. O trabalho da UBT é difundir e cultuar a Trova como expressão máxima do sentimento popular, porém observando o rigor da língua viva.