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Da quadrinha sem prestígio à Trova Literária: de como a Trova reúne um acervo teórico no estudo da língua portuguesa

 

“Veja ilustre passageiro,

o belo tipo faceiro...”

 

No tempo dos bondes era comum ler propagandas em prosa e verso anunciando os produtos nos “reclames”. Pois no inicio do século os poetas faziam quadrinhas de publicidade para arrecadar algum pagamento; geralmente não assinavam os versos, pois não era de bom-tom um poeta vender versos comerciais para sobreviver. Assim a quadrinha ficou durante muito tempo desconsiderada como gênero menor. Até que o grande poeta da nossa língua Fernando Pessoa assinou uma quadra que hoje é considerada o ícone da Trova:

 

O poeta é um fingidor,

finge tão completamente,

que chega a fingir que é dor,

a dor que deveras sente.

 

A partir desse momento, a história da quadrinha foi outra: todos os grandes escritores, clássicos e modernos passaram a construir suas Trovas maravilhosas. Assinando embaixo.

O Movimento Trovístico, por meio de concursos foi estabelecendo as regras de ortografia e composição que tornavam possível a competição e a premiação. Hoje se aprende a fazer Trova nas oficinas e nas reuniões, observando critérios clássicos e ao mesmo tempo atualizando estas regras de acordo com a “fala do povo”. O trabalho da UBT é difundir e cultuar a Trova como expressão máxima do sentimento popular, porém observando o rigor da língua viva.

​© 2015 por Selma Patti Spinelli.

UBT Seção São Paulo - SP

 

 

Expediente do Informativo: Selma Patti Spinelli,

 

Edição do Site: Selma Patti Spinelli, Tel (11) 5561-2730

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