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Os Símbolos da UBT - MUSAS (Atualizado em 06/07/2010)


    Há muita divergência quanto à origem das Musas. O Poeta Mimnermo (Séc. VII AC) considerava-as filhas de Urano (Céu) e de Gaia (Terra). Outros atribuem-lhes Píero como pai, hesitando quanto à mãe: seria Antíopa, ou ainda a ninfa Pimpléia. Para alguns autores, Pimpléia teria gerado realmente as Musas, mas não com Píero, e sim com Zeus (Júpiter). A versão mais aceita, entretanto, é a de Hesíodo (Séc. VIII AC) que atribui a concepção das nove Musas à titânia Mnemósine (a Memória) e a Zeus.

 

    Seja qual for a lenda do nescimento das Musas, elas constituem uma das mais admiráveis concepções que a imaginação humana conseguiu inventar, para representar, em formas concretas, os poderes criadores da mente. Segundo uma versão primitiva, parece que elas eram tidas como Ninfas, habitantes das montanhas, das margens dos rios e das fontes; estavam, portanto, profundamente ligadas ao elemento água. Deste ambiente bucólico e poético, foram, depois, elevadas a divindades inspiradoras da Poesia e do Canto.

 

    Não nos esquecemos que as primitivas manifestações poéticas nasciam sempre acompanhadas de Canto e de Música.

 

    Na tradição corrente, as Musas eram nove:

    1 - Calíope
 4 - Érato
 7 - Talia
 
    2 - Terpsícore   
 5 - Euterpe
 8 - Polímnia
 
    3 - Clio
 6 - Melpômene   
 9 - Urânia

 

    Os Poetas apoiavam-se em seus dizeres para não correrem o risco de contar coisas falsa aos homens, embora não raro transmitissem essa verdade como fantasia.

 

    Durante o tempo em que permaneciam no Olimpo, as Musas entretinham os deuses com seus coros e danças. Além da arte, presidiam ao pensamento sob todas as formas: eloqüência, persuasão, sabedoria, história, matemática e astronomia.
   
    Ditavam aos reis as palavras necessárias para apaziguar as querelas restabelecer a paz entre os homens.

 

    Habitavam o Monte Helição, na Beócia, a região da Piéria, na Trácia ou o Monte Parnaso, na Fócida.

 

    No Monte Helicão, lugar cheio de bosques e de fontes, as Musas estavam colocadas sob a dependência de Apoio, que dirigia seus cantos em torno da Fonte Hipocrene.

 

    Primitivamente, as Musas eram representadas como virgens de comprovada castidade. Era punido severamente quem ousasse tocá-las. Mais tarde, essa idéia modificou-se, havendo, mesmo, relatos sobre suas uniões e seus filhos.

 

    Originário da Trácia, onde está o seu mais antigo santuário, o culto das Musas estendeu-se para a Beócia, adquirindo maior importância em torno do Helicão.

 

    Em Delfos, eram veneradas no Templo da Apolo.

 

    Possuiam santuários ainda em Esparta, Trezena, Sicion e Olímpia, nas Ilhas e em várias cidade da Magna Grécia. Em sua homenagem eram feitas libações de leite, mel e água.   Representavam-nas com mulheres de rosto sorridente ou preocupado, segundo a função que se lhes conferia; vestidos folgados e manto.

 

    Consta que as Musas se reuniam em torno da Fonte Hipocrene, que surgia no Monte Helicão em consequência de uma patada do Cavalo Pégaso. Nessa reunião, elas cantavam e dançavam.

Acredita-se que a água dessa Fonte favorecia a inspiração poética.

​© 2015 por Selma Patti Spinelli.

UBT Seção São Paulo - SP

 

 

Expediente do Informativo: Selma Patti Spinelli,

 

Edição do Site: Selma Patti Spinelli, Tel (11) 5561-2730

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