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União Brasileira de Trovadores
Seção São Paulo - SP
"A Trova, acima de tudo, faz amigos!" (Izo Goldman)
Marina Bruna por Selma Patti Spinelli
MARINA BRUNA, paulista nascida na cidade de Franca, e paulistana de coração. Filha de Diva Luz Paiva Bruna e Jaime Bruna: dos pais, ela diretora de escola, ele professor universitário, recebeu o ambiente familiar semeador de sua cultura. Seus filhos, Francisco José Bindão Júnior e Jaime Bruna de Barros Bindão a fonte do amor que emana das suas obras.
Marina leu os clássicos, os concretos, os modernos e os pós-modernos;leu os herméticos e os avançados; leu os apocalípticos e os integrados. Trabalhou como professora às voltas com compêndios de Matemática e Pedagogia. Fez também o curso de Jornalismo, onde redescobriu os pendores para a literatura que a inclinavam para a poesia desde a juventude. Foi levada pelas mãos do poeta Mario Graciotti à Casa do Poeta” Lampião de Gás” em 1988 e ali convidada pelo Trovador Thalma Tavares, então presidente da UBT São Paulo-SP.onde foi acolhida com tanta admiração. A partir daí só prêmios: da Seção recebeu o Troféu Revelação de 1989, o Troféu Destaque em 1994 pelos eventos ‘Trovas e Seresta” onde conjugava trovadores e seresteiros em encontros memoráveis, apresentando-se também como cantora. Recebeu o Troféu anual de maior premiação da Seção em 1999, 2001, 2004, 2005, 2007, 2009. Em 2008 recebeu o Troféu Lilinha Fernandes como a mais premiada trovadora do Brasil. São inúmeros os seus prêmios: listam-se mais de 500 em todo o Brasil e no exterior. Consagrou-se como beletrista ao assumir a Cadeira n°13 da Academia de Letras da Associação de Funcionários Públicos do Estado de São Paulo-SP.
Participou de inúmeras Coletâneas e Antologias; publicou três livros de Trova: em 1989-Transparências; em1994-Cintilações; Cantares-2010. Tem inúmeros Artigos e Palestras sobre Trova.
Sua obra premiadíssima já por si, seria uma grande contribuição ao fortalecimento da UBT; mas Marina Bruna também contribuiu com seu trabalho nas diversas diretorias da Seção São Paulo-SP 9 e aqui vai um segredinho que ela não gostaria que eu revelasse: Marina contribuiu com compras, doações em espécie e em aporte para auxiliar os colegas que iam viajar para receber seus prêmios... sem contar aquele bolo de festas de fim-de-ano que todos saboreavam!)
Vão ficando tão distantes Sobre os espelhos fanados
os carinhos do passado, o tempo, em seu transcorrer,
que eu nem sei se oque era antes passa escrevendo recados
foi vivido... ou foi sonhado... que não gostamos de ler...
Na história de tua vida Só a amizade pode ter
sou apenas, sem escolha, este valor singular:
uma página esquecida dizer “não” sem ofender;
no rodapé de uma folha. dizer “sim” sem bajular.
Se um dia o céu censurar Deus modela a nossa estrada
o nosso amor, não aceito... porém nós, em atos falhos,
e a teu lado hei de encontrar modificando a jornada,
um outro céu...mais perfeito! nos perdemos nos atalhos...
A tua mão deslizando Descem do morro sambando,
no meu corpo, em leve afago, o Conde, o Rei e a Princesa.
é como a brisa encrespando É o Carnaval mascarando
a superfície de um lago. de sangue azul a pobreza...
Na insânia de uma paixão, Nosso amor, hoje em desgaste,
que me pega e não tem cura, fez do convívio um açoite...
deixo de lado a razão Tempo, Por que não paraste
e dou razão à loucura! naquela primeira noite?